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Especialista brasileiro diz que cirurgia do tenista Andy Murray foi a decisão mais acertada para sua carreira

O tenista escocês Andy Murray alcançou o topo do ranking em novembro de 2016, aos 29 anos, depois de conquistar títulos em 47 torneios da ATP – Association of Tennis Professionals. Depois de tanto tempo jogando tênis, Murray foi submetido em janeiro deste ano a uma cirurgia de Resurfacing – em que seu médico, John O’Donnel, substituiu uma articulação do quadril por uma prótese. Apesar de ter começado a caminhar livremente pelas ruas já no quarto dia depois da cirurgia, a recuperação leva tempo. Mesmo assim, o procedimento é considerado ideal para pacientes jovens e com ossos saudáveis – permitindo retornar às atividades com ótimo desempenho.

De acordo com o médico Lafayette Lage, ortopedista que introduziu a artroscopia do quadril no Brasil em 1993 após realizar parte de seu mestrado em Cambridge na Inglaterra e, também, o pioneiro na cirurgia de Resurfacing no Brasil em 2003 após três estágios em 1993, 1995 e 1995 no Joint Replacement Institute em Los Angeles, EUA, com o professor Harlam Amstutz, um dos criadores da prótese de Resurface juntamente com o dr Mc Minn de Birmingham na Inglaterra em 1991, o recobrimento da superfície da cabeça do fêmur com uma coroa de metal foi uma das decisões mais acertadas da carreira do tenista Andy Murray, já que é bem melhor preservar a estrutura boa e trocar apenas a parte lesionada da cabeça do fêmur visto que esta prótese preserva perfeitamente a biomecânica do quadril e provou ser a prótese perfeita para pacientes ativos que gostariam de continuar praticando atividade física sem contar que além de presevar o estoque ósseo, é muito menos sujeita a luxações ( um dos maiores problemas de todas as outras próteses) e que provou que o desgaste desaparece com o uso, ou seja, promete durar para a vida toda embora tenha apenas 27 anos de existência visto os resultados iniqualáveis para os pacientes abaixo de 50 anos jovens e ativos. “O objetivo principal da Resurfacing é substituir a articulação ruim, em que os ossos entram em atrito constante durante os movimentos, por uma nova superfície, que desliza de forma suave. Só assim o paciente poderá retornar às atividades sem dor e sentindo-se mais confiante. É geralmente o adulto jovem, entre 25 e 50 anos, que mais recorre à cirurgia para colocação de prótese no quadril para retomar suas atividades com o mesmo vigor de antes e ganhar novo fôlego na sua carreira e vida pessoal”.

Segundo o médico, depois de remover a cartilagem danificada pelo excesso de uso, a prótese é encaixada sobre a parte preservada da cabeça do fêmur, restabelecendo exatamente a biomecânica original do fêmur proximal. A outra parte, encaixada no acetábulo como se fosse a casca de uma meia laranja, é fixada na bacia sob pressão. “Essa prótese é feita de uma liga de cromo, cobalto e molibdênio – o que a torna extremamente resistente ao desgaste e a fortes impactos. Por conta dessa característica, ela tem mostrado uma sobrevivência superior a 95% após 20 anos de uso. Ou seja, esse tenista poderá continuar atuando profissionalmente por muitos anos ainda, se quiser”. Foi uma pena o Guga e o Pelé não terem sido submetidos a uma Resurface e, infelizmente, “agora que já cortaram a cabeça do fêmur dele e jogaram fora não tem volta, isto é, a oportunidade foi perdida”.

Lage explica que, além de preservar a maior parte da articulação e ser bastante resistente – muito mais compatível com atividades físicas do que as próteses convencionais – outra vantagem da prótese de Resurfacing é a facilidade de uma eventual cirurgia de revisão ou substituição da prótese, diferentemente da prótese convencional. E ainda aponta mais uma vantagem: a redução dos casos de luxação e de infecção. “Essa prótese oferece maior estabilidade e tem um índice de infecção menor, justamente por ser menos invasiva no osso”.

Na opinião do especialista, um dos grandes trunfos para que a cirurgia de Resurfacing seja bem-sucedida é garantir que o paciente faça fisioterapia antes e logo depois do procedimento. Ou seja, parar nem sequer é cogitado. “Para que a cirurgia atinja os melhores resultados possíveis é fundamental o acompanhamento de um fisioterapeuta desde o pré-operatório. A ele cabe fazer uma avaliação minuciosa do paciente e da articulação comprometida, documentando as funções de movimento e força de cada lado do quadril. Nessa fase, o paciente já começa a praticar alguns exercícios que serão necessários já na fase inicial do pós-operatório – favorecendo uma recuperação total nos meses seguintes”. O paciente começa a andar no primeiro dia pós operatório, recebendo alta entre o segundo e quinto dia do hospital. Quanto mais preparado o paciente estiver e menos aguardar para operar, mais rápido será o retorno a uma VIDA TOTALMENTE NORMAL SEM LIMITAÇÕES !