Por quê?

Por que a Artroscopia do Quadril é necessária?

A anatomia e topografia do quadril dificultam muitos dos procedimentos diagnósticos mais comumente usados. Por meio deles, nem sempre é possível diferenciar problemas específicos dessa articulação ou até mesmo obter informações exatas sobre a extensão e estágio da doença. A Artroscopia auxilia em um melhor esclarecimento diagnóstico das lesões e um planejamento cirúrgico adequado ao tornar possível a visualização direta do quadril, além de oferecer uma vantagem estética: a cicatriz menor e mais discreta.

Quando pensamos em Artroscopia diagnóstica, as melhores indicações para o procedimento são em casos de quadril doloroso na criança; dor no quadril a esclarecer a pós um tratamento conservador sem sucesso no adulto; avaliação da artrite crônica juvenil; coleta de material para biópsia, estadiamento da cartilagem articular para planejamento terapêutico; isolamento de organismo infeccioso na artrite séptica; avaliação de osteocondrite dissecante da cabeça femoral ou acetábulo, da necrose asséptica da cabeça femoral e da epifisiolise; avaliação do quadril osteoartrítico com o objetivo de planejar para o futuro uma cirurgia mais invasiva; e estudo da fisiopatologia de patologias que não estão bem esclarecidas.

Alguns dos casos mais frequentemente encontrados por meio da Artroscopia são:

• Ligamentos rompidos
• Cartilagem anormal ou rompida
• Superfícies da articulação danificadas
• Inflamação no revestimento da articulação
• Ossos desalinhados
• Fragmentos de osso ou cartilagem

Já quando pensamos em Artroscopia terapêutica, o procedimento é mais indicado quando o paciente: apresenta desbridamento da articulação do quadril para alívio da dor na osteoartrose; necessita remover corpos livres, corpos estranhos ou cimento ósseo após artroplastia total do quadril; apresenta osteocondromatose sinovial; para avaliar prótese total do quadril; ressecar a sinovial inflamada em casos de sinovectomia nas artrites e sinovites; apresenta necrose asséptica da cabeça femoral; precisa tratar lesões osteocondrais, lesões do labrum acetabular, lesões do ligamento da cabeça do fêmur ou osteocondrite da cabeça do fêmur; necessita lavagem e desbridamento da artrite séptica; apresenta plica sinovial, tumores ou fraturas;

Pacientes com quadril em ressalto, que necessitam reparar lesões dos tendões glúteos, lesões cartilaginosas traumáticas e atraumáticas, que sofrem com síndrome da dor lateral do quadril, dor glútea, bursite trocantérica, traumas na região do quadril, também podem ser beneficiados pela Artroscopia.

Algumas das indicações mais comuns para a realização da técnica também incluem remodelação óssea e cartilaginosa (osteocondroplastia), em caso de Impacto Fêmoro-Acetabular e ressecção ou reinserção ao leito ósseo com uso de âncoras na condição de lesões do Labrum acetabular.

A artroscopia também é realizada para o tratamento da anca, articulação que une o osso ilíaco à extremidade superior do fêmur, localizado na região do quadril. Nessa articulação, podem se desenvolver algumas doenças como displasia, conflito femoro-acetabular, osteoartrose, entre outras. Nesses casos, a artroscopia se mostra como uma solução que busca tratar uma parte

importante das enfermidades que acometem a anca, sem a necessidade de substituir a articulação por uma protética. O recurso busca restaurar ao máximo a mecânica articular natural do paciente.